terça-feira, 14 de julho de 2015

Dador Vivo - Dador Cadáver / Eterna dúvida

Na grande maioria das "doações", os órgãos são recolhidos em dadores-cadáver, mas também é possível fazer transplantes com dador-vivo. No caso do fígado é um problema sensível porque não se trata de dar um orgão, mas sim dividir (bipartir) o próprio orgão e dar uma parte (um lóbulo) ao receptor, colocando em risco a própria vida. 
Um dador-cadáver que preencha os requisitos exigidos pelo protocolo e que o Dr. Emanuel cumpre "à risca", é quase um "dador-vivo", porque em boa verdade, o "controlo de qualidade" é de tal forma apurado que mediante qualquer variação anormal dos valores do dador, o orgão em estudo é imediatamente rejeitado. Não é a mesma coisa transplantar uma criança de 7 meses e um adulto de 60 anos! Um bom orgão para um adulto, pode ser um orgão inadequado para uma criança, segundo aquela lógica.
É habitual dizer-se que o risco de ser dador, é um risco calculado, mas ninguém pode garantir que ele não exista e já houveram situações em que o dador faleceu, o que prova que éticamente só será defensável a doação de parte do fígado de um dador vivo, em casos muito particulares e quando não existe orgão de um dador-cadáver. 

Em regra, o dador-vivo é sempre prejudicado se aparecer um dador-cadáver, pelo menos em Portugal, por razões óbvias!!

Embora neste momento os transplantes com dador-vivo "técnicamente não existam", é óbvio que essa possibilidade poderá ser equacionada em casos muito pontuais, se o Dr. Emanuel assim o entender.

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